Marcado para acontecer em  Porto Alegre, de 9 a 12 de novembro, o XVI Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva receberá mais de quatro mil profissionais para discutir os avanços no tratamento do paciente crítico atendidos nas mais de duas mil e quinhentas UTIs do país.

Um dos temas abordados será a Odontologia na UTI. “Com o constante surgimento de evidências científicas que respaldam o papel nocivo dos comprometimentos e das infecções dentárias e bucais para a degradação do estado geral dos pacientes alocados nas Unidades de Terapia Intensiva, a odontologia passa a dividir responsabilidades, com outros integrantes das equipes de saúde – especialmente nas questões referentes ao controle das infecções e da melhor oferta de conforto a esses pacientes”, salienta a cirurgiã dentista Teresa Márcia Morais, presidente do Departamento de Odontologia da AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira) e também Coordenadora do Departamento de Odontologia da Santa Casa de Barretos.

A falta de tratamento dentário aumenta a possibilidade de infecções e sepse nas Unidades de Terapia Intensiva e pode causar até pneumonia — doença responsável por 30% das mortes nesse ambiente. A higiene bucal deficiente é comum em pacientes internados em UTIs. “Esse problema propicia a colonização do biofilme bucal por microrganismos patogênicos, especialmente respiratórios”, alerta a cirurgiã dentista intensivista.